Os clientes "formiguinhas" são os grandes responsáveis pelo desempenho
Faturamento recorde e expectativa de fechar 2014 com expansão de 7,2%. Esse é o atual momento vivido pelo comércio de material de construção civil, atualmente responsável por cerca de 50% das vendas de tudo que sai da indústria.
Os chamados consumidores “formiguinha” são os grandes responsáveis pela receita do setor em 2013, de quase R$ 57,5 bilhões, crescimento de 4,4% em relação ao apurado em 2012. Minas Gerais tem grande parcela de participação nesse resultado. “O estado é muito forte no comércio, sendo o segundo do Brasil em vendas no varejo. No total, contamos com 16 mil lojas, sendo 7 mil apenas em BH”, afirma Rui Fidelis de Campos Júnior, presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG).
A chegada da Copa do Mundo e os preparativos para receber os turistas devem funcionar como importante combustível para o setor. “Muitas obras estão sendo realizadas no comércio, pousadas, pensões e restaurantes pensando no evento. Isso vai nos dar um fôlego”, reconhece Rui Fidelis. Sem contar as pequenas obras e reformas residenciais, que não têm sazonalidade e agitam esse mercado durante todo o ano. Na Bel Lar, loja especializada em acabamentos, o consumido final representa 90% dos negócios e o restante é destinado a atender a demanda de urgência das construtoras.
“Quanto mais edificações e lançamentos, mais reflexo sentimos dessa cadeia porque cada vez mais o cliente quer personalizar a casa”, afirma Daniel Miranda, diretor comercial da Bel Lar. Para atender o crescimento médio de 22% ao ano desde 2008, a empresa espera inaugurar em breve uma loja com mais de mil metros quadrados na Avenida Nossa Senhora do Carmo. “Com esse investimento, esperamos fechar o ano com alta de 40% a 50% no faturamento. Só de vendedores vamos pular de 23 para 40”, planeja Daniel.
O Grupo Loja Elétrica, que inclui ainda a Templuz, também está finalizando um grande investimento na construção do centro de distribuição no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, que deve contar mais de 20 mil metros quadrados de área. “Em termos logísticos, vamos ficar mais bem preparados para o suprimento das lojas. Consequentemente, teremos uma redução de custo e ganho de produtividade”, afirma Wagner Mattos, diretor administrativo-financeiro do grupo, que atualmente conta com nove lojas físicas na capital.
DIVERSIDADE
Empenhados em aumentar o fluxo de clientes na loja com a oferta de produtos de utilidade diária, a CNR investe em logística e diversificação do showroom. Antes especializada em acabamentos e louças, a empresa quer oferecer materiais e equipamentos para todas as etapas da obra. “Estamos ampliando o mix para que, em vez de a pessoa vir hoje e voltar daqui a cinco anos, venha com frequência à loja para buscar produtos do dia a dia”, afirma o diretor comercial, Cristiano Lana Vasconcelos. As opções incluem desde tintas até ferramentas e itens para churrasqueira. “Com uma comercialização adequada e agilidade na entrega, miramos crescimento de 12% este ano”, prevê Cristiano.
A preocupação em oferecer cada vez mais opções para o cliente também é compartilhada pela Santa Cruz Acabamentos. “Não tínhamos iluminação no nosso mix e colocamos há pouco mais de um ano. Também estamos buscando fortalecer a oferta de esquadrias, que são as portas e janelas”, afirma Ronaldo Garcia, diretor-geral da loja. Nos últimos três anos, a única loja da Santa Cruz praticamente dobrou de tamanho e tem atualmente um salão de vendas com 3,5 mil metros quadrados.
Quem também não para de crescer é a Othon de Carvalho, especializada em materiais elétricos, com uma unidade localizada no Barro Preto, no Centro de BH. “Atualmente, temos 10 mil metros quadrados e estamos estudando nova ampliação, com possibilidade de começar ainda este ano. A intenção é expandir cada vez mais o autosserviço, aumentando a área de gôndolas”, planeja Rodrigo de Carvalho, gerente de marketing da empresa.
Fonte: http://estadodeminas.lugarcerto.com.br
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