quarta-feira, 30 de abril de 2014

Novas regras para reforma exige contratação de profissional


A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou a norma técnica NBR 16.280:2014 para ordenar a gestão de reformas nas construções. A norma tem validade em todo o território nacional e abrange todos os tipos de casas e edifícios - novos, antigos, comerciais, públicos, residenciais e institucionais. De acordo com as novas regras que entraram em vigor no dia 18 de abril de 2014, quem quiser reformar um imóvel deve providenciar um plano de reforma, elaborado por um profissional habilitado (arquiteto ou engenheiro). Esse documento deve atender às legislações vigentes e ser acompanhado de um estudo que garanta a segurança da edificação e dos moradores durante e após a reforma, bem como conter um planejamento do descarte de resíduos.


Caráter orientativo – A nova norma não tem força de lei e nem prevê multas. No entanto, no caso de uma ação judicial, seu descumprimento pode ser considerado um agravante. A obediência à norma também pode ser exigida pelo poder público como requisito para obtenção de licenças de obra, habite-se e alvarás de funcionamento, se houver previsão legal.


Foco nos condomínios – Embora também se aplique a reformas de casas, o foco da nova norma está nos condomínios. O morador que quiser reformar deverá enviar ao síndico o plano de reforma, elaborado por um engenheiro ou arquiteto que será o responsável técnico pela obra. No documento deve conter o planejamento do que será feito, detalhando os dados da empresa ou do profissional autônomo contratado e a duração da obra. No caso das reformas de casas, o plano de reforma deve ser mantido com o morador e apresentado somente quando solicitado, por exemplo, pela seção de fiscalização da prefeitura de sua cidade.


Laudo técnico Qualquer modificação na reforma, requerida pelo morador, que possa comprometer a segurança da edificação ou do seu entorno, deverá ser submetida à análise do engenheiro ou arquiteto responsável pela obra.



Poder de veto – Síndicos e administradores, com base em um parecer de um especialista, podem autorizar, autorizar com ressalvas ou proibir a reforma, caso entendam que ela irá colocar em risco a edificação. Além disso, se durante a execução for constatada alteração no plano de reforma, o síndico e administradora podem interromper a obra imediatamente e exigir novos documentos e laudos. "Se o morador mudar de ideia no meio do caminho, deve reeditar o escopo de trabalho e submeter ao síndico novamente", explica o coordenador da Comissão de Estudo que elaborou a norma no Comitê Brasileiro de Construção Civil da ABNT, Ricardo Pina.


Pequenos reparos – Entenda-se por reforma as obras que contém quebra-quebra. Os pequenos reparos, serviços considerados de manutenção como pintura de paredes, não se encaixariam às novas regras.



Reformar vai ficar mais caro? – Para o engenheiro e conselheiro do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-SP), Flávio Figueiredo, as reformas podem aparentemente ficar mais caras, mas é preciso considerar que uma reforma realizada por um profissional especializado tem melhor qualidade e leva à redução de desperdício, de retrabalhos, de riscos e de tempo. "A comparação de preços deve levar em conta todos esses aspectos", defende Figueiredo.


Estrutura – Segundo a nova norma, qualquer intervenção nos elementos estruturais da construção deve ser realizada por empresa especializada, com um responsável técnico (engenheiro ou arquiteto) devidamente identificado. Exemplos de serviços que se encaixam nessa categoria: a alteração da função ou do uso da edificação (como transformar a residência em um comércio), a remoção ou acréscimo de paredes, a modificação da área construída (por exemplo, construir um novo cômodo na casa).


Reformando instalações – Em reformas que preveem alterações ou adequações no sistema elétrico e/ou hidráulico por conta da instalação de novos equipamentos com demanda diferente daquela projetada originalmente, esse serviço deverá ser realizado por uma empresa especializada.


Troca de revestimentos – Caso a mudança de revestimentos exija o uso de marteletes (máquinas perfuradoras) ou ferramentas de alto impacto para retirada do acabamento anterior, uma empresa especializada deve ser contratada. Nos demais casos, basta empregar mão de obra capacitada.




Fonte: www.uol.com.br

terça-feira, 8 de abril de 2014

Minas é o segundo colocado do país em vendas de material de construção - Notícias - LUGARCERTO


Os clientes "formiguinhas" são os grandes responsáveis pelo desempenho

Faturamento recorde e expectativa de fechar 2014 com expansão de 7,2%. Esse é o atual momento vivido pelo comércio de material de construção civil, atualmente responsável por cerca de 50% das vendas de tudo que sai da indústria. 
Os chamados consumidores “formiguinha” são os grandes responsáveis pela receita do setor em 2013, de quase R$ 57,5 bilhões, crescimento de 4,4% em relação ao apurado em 2012. Minas Gerais tem grande parcela de participação nesse resultado. “O estado é muito forte no comércio, sendo o segundo do Brasil em vendas no varejo. No total, contamos com 16 mil lojas, sendo 7 mil apenas em BH”, afirma Rui Fidelis de Campos Júnior, presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG).


A chegada da Copa do Mundo e os preparativos para receber os turistas devem funcionar como importante combustível para o setor. “Muitas obras estão sendo realizadas no comércio, pousadas, pensões e restaurantes pensando no evento. Isso vai nos dar um fôlego”, reconhece Rui Fidelis. Sem contar as pequenas obras e reformas residenciais, que não têm sazonalidade e agitam esse mercado durante todo o ano. Na Bel Lar, loja especializada em acabamentos, o consumido final representa 90% dos negócios e o restante é destinado a atender a demanda de urgência das construtoras.

 (Tabela/EM)


“Quanto mais edificações e lançamentos, mais reflexo sentimos dessa cadeia porque cada vez mais o cliente quer personalizar a casa”, afirma Daniel Miranda, diretor comercial da Bel Lar. Para atender o crescimento médio de 22% ao ano desde 2008, a empresa espera inaugurar em breve uma loja com mais de mil metros quadrados na Avenida Nossa Senhora do Carmo. “Com esse investimento, esperamos fechar o ano com alta de 40% a 50% no faturamento. Só de vendedores vamos pular de 23 para 40”, planeja Daniel.

O Grupo Loja Elétrica, que inclui ainda a Templuz, também está finalizando um grande investimento na construção do centro de distribuição no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, que deve contar mais de 20 mil metros quadrados de área. “Em termos logísticos, vamos ficar mais bem preparados para o suprimento das lojas. Consequentemente, teremos uma redução de custo e ganho de produtividade”, afirma Wagner Mattos, diretor administrativo-financeiro do grupo, que atualmente conta com nove lojas físicas na capital.

DIVERSIDADE 

Empenhados em aumentar o fluxo de clientes na loja com a oferta de produtos de utilidade diária, a CNR investe em logística e diversificação do showroom. Antes especializada em acabamentos e louças, a empresa quer oferecer materiais e equipamentos para todas as etapas da obra. “Estamos ampliando o mix para que, em vez de a pessoa vir hoje e voltar daqui a cinco anos, venha com frequência à loja para buscar produtos do dia a dia”, afirma o diretor comercial, Cristiano Lana Vasconcelos. As opções incluem desde tintas até ferramentas e itens para churrasqueira. “Com uma comercialização adequada e agilidade na entrega, miramos crescimento de 12% este ano”, prevê Cristiano.

 (Tabela/EM)
A preocupação em oferecer cada vez mais opções para o cliente também é compartilhada pela Santa Cruz Acabamentos. “Não tínhamos iluminação no nosso mix e colocamos há pouco mais de um ano. Também estamos buscando fortalecer a oferta de esquadrias, que são as portas e janelas”, afirma Ronaldo Garcia, diretor-geral da loja. Nos últimos três anos, a única loja da Santa Cruz praticamente dobrou de tamanho e tem atualmente um salão de vendas com 3,5 mil metros quadrados.

Quem também não para de crescer é a Othon de Carvalho, especializada em materiais elétricos, com uma unidade localizada no Barro Preto, no Centro de BH. “Atualmente, temos 10 mil metros quadrados e estamos estudando nova ampliação, com possibilidade de começar ainda este ano. A intenção é expandir cada vez mais o autosserviço, aumentando a área de gôndolas”, planeja Rodrigo de Carvalho, gerente de marketing da empresa.

Fonte: http://estadodeminas.lugarcerto.com.br